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terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Borboletas...

Vão, borboletas, vão por aí...
Encontrem o segredo, que não consegui achar!
Descubram por mim, a cor de carmim
que fugiu das maçãs do meu rosto,
há tanto tempo atrás...
Tentem entender, tudo que não entendi
quando passei pela vida, displicente...
Mesmo quando passei feliz e contente,
eu nada descobri...
E vejo sempre outra vez...a mesma palidez.
Sou tão boba, borboletas!
Acreditei em coisas, que não se acredita mais!
Apostei todas as minhas fichas no amor...
Pensei que ele era azul, da cor do céu...
Depois, que era dourado e pomposo!
Mas ele é nada mais que um ocioso!
Um velho caquético, parado na esquina,
sem coragem para voltar a existir...
Tropeçando na própria hesitação,
ignorando quem lhe estende a mão...
Sem ousadia para não se deixar banir,
do coração do mundo!
Vão borboletas...
E se acharem esse velho tirano,
o amor, digam a ele, por favor...
que sem ele é difícil viver, não dá pra ser!
E se me prometerem que o farão,
eu tentarei, ainda uma vez,
enfrentar a minha descrença,ousarei a paciência...
só um pouquinho...um pouquinho mais...
(Tere Penhabe)

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