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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


Faz de Conta

Eu finjo que penso que ele gosta de mim.
Eu penso que ele finge que pensa
Que acredito nele.
E assim, sem mágoas, sem cobranças
Sem apelos, sem atropelos,
Fingindo a gente vai vivendo
Vivendo a gente vai pensando
Pensando a gente vai fingindo!...
Vivendo, fingindo e pensando
A gente vai passando
A gente vai buscando
Outra forma de amar.
Se fazendo acreditar
Que cada um se ocupa
E se preocupa
Que faz conta um do outro
No fim das contas
O que desponta
Um faz-de-conta!
Até um dia, quem sabe?
As cinzas reacendam,
Ou para sempre se apaguem.
(Eliane Madeira Moura Fé Dantas)

Um comentário:

  1. Meu Deus! meu poema aqui! tão longe e tão perto... obrigada Ro. Adorei.

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